quarta-feira, 29 de abril de 2009

Voltei, em grande estilo. COFFY - (1973)



Sei que não é bom julgar um livro pela capa mas neste caso dá para aplicar essa regra. Coffy é um dos grandes filmes do estilo Blacksploitation, ao lado de Shaft, Superfly, Foxy Browm e outros tantos que fizeram escola é inspiraram muitos dos grandes diretores de hoje, o mais explicito e confesso deles é Quentin Tarantino.

Coffy é a protagonista, interpretada pela belíssima Pan Grier (Jack Browm), o maior nome feminino do estilo blackesploitation. Se trata de um mulher que vai em busca de fazer justiça com as pórpias mãos em uma cidade dominada por traficantes no velho estilo Chales Bronson, sendo que no lugar de um pistola ela uma uma escopeta que é para arrebentar logo com todos os motherfuckers. Mas é a trilha sonora que dá o clima e suingue destes filmes cheios de ação, violência, critica social, crioulos styles e gostosas das mais distintas variedades.

E é esta trilha sonora que venho postar hoje para que todos possam curtir um pouco dessa febre que contagiou os anos setenta e ainda hoje influencia a musica, a moda e o cinema. Curtam esa grande obra de Ron Ayers. Recomendo também as trilhas de Superfly feita por Curtis Mayfield. Nada mais para ser dito, baixem e bailem.

Trilha: AQUI

Filme (Torrent e Legendas em espanhol): AQUI

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Opoio Uma Comunicação Competente

Regulamentação. A chancela da competência ou a lacuna para profissionais medíocres?



Nas últimas semanas um tema vem importunando os profissionais de comunicação, especialmente os jornalistas. O Supremo Tribunal Federal discute a possibilidade de mudar a lei da imprensa relacionado à titulação acadêmica do profissional do jornalismo. É fato que, mesmo antes da existência de faculdades de jornalismo, comunicadores já produziam e repassavam informações com o intuito de atualizar o leitor sobre os últimos acontecimentos ocorridos. Não seria a carta de Pero Vaz uma matéria cobrindo o mais novo descobrimento da corte portuguesa? Se não foi um jornal foi no mínimo um editorial dando a opinião do escritor sobre o que viu e o que sentiu nestas novas terras.
Voltando ao raciocínio inicial. A profissão de jornalista possui incontestavelmente uma responsabilidade social profunda por relacionar fatos e notícias a interpretações e valores específicos. A isenção necessária, a narrativa “imparcial”, e toda a mecânica do fazer jornalístico fazem desta profissão uma ciência mais vinculada a prática que ao fazer científico. Mas e a produção de teorias sobre o fazer jornalístico? Do que se trata um teórico que pesquisa e produz um conteúdo relacionado a teorias a acadêmicas da comunicação. Tal profissional não merece sua titulação?
No entanto nem tudo são flores. Com o grande aumento de instituições de ensino superior no Brasil nos últimos dez anos, muitos profissionais são formados a cada a ano e concorrem a uma vaga um mercado que não cresce na mesma velocidade que este volume de profissionais. Mercado construído em boa parte por indivíduos de outras áreas.
Mas então, para ser jornalista não basta saber escrever? O raciocínio não é tão simplista assim. Com este montante de pessoas formadas e gabaritadas a serem jornalistas fazendo frente a outros tantos profissionais, que construíram seu nome no mercado da comunicação anteriormente, o jornalismo entra em crise e se dá um grande embate de gerações e interesses.
Outra peculiaridade está em analisarmos o nível de ensino das escolas superiores no Brasil, que se constitui pelo modelo mais prático para formar o profissional, sem ter uma preocupação mais profunda com a conceitualização deste indivíduo. Assim, vão para um mercado em busca de sua querida vaga uma boa quantidade de profissionais medíocres que acabam por encaixarem-se no mercado por possuírem a sua “chancela de competência” que vem a ser o diploma. Creio que a discussão só começou que ainda veremos uma série de debates e manifestações sobre o tema. Nesta conversa cada um tem seu lado; sindicalistas, empresários e sociedade civil não podem convergir, mas também não devem ficar cada um em seu quadrado. O que eu digo nesse caso, além de tudo já dito, é um grande VIVA por saber que a chama das discussões sobre a qualificação está acesa , seja do jornalista ou não, o importante é poder debater e chegar, quem sabe, a uma conclusão. Ou não.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Manifesto Aturdespetaculeucemivigilante

Não há como piorar
a dor é palavra sem poesia.

segue como semente
agudamente crescente
a qual brota e já não traz
nada de latente.

A dor é solo, a inspiração é céu.
tanta distancia os fazem desconhecidos.

Grandes coisas diz o espelho
que daquele que o quebra
multiplica o reflexo.
e o que se vê
mesmo que se corte
é o que traz a vista o sangue,
raspa de vida moribunda
instante de graça não coagulada.

poesia de verdade é só o espelho,
olhos alheios que não enxergam
se não forem vistos.